SEXTA, 19 DE ABRIL DE 2024|CONTATO

Diretora da Fulstandig, empresa associada à Ubrafe, fala sobre segmento de logística na atualidade e o papel da IELA, entidade mundial na qual é Chairwoman

Terça, 08 de agosto de 2017


Por Mariana Couto


ImagemHá 15 anos a frente da Fulstandig Shows e Eventos, Mariane Ewbank é primeira sul-americana e mulher a assumir o cargo de Chairwoman da IELA – International Exhibition Logistics Association, entidade que existe há 32 anos e reúne 163 empresas de logística especializadas em eventos e 33 empresas afiliadas de 54 países. É a única associação comercial mundial dedicada a melhorar o profissionalismo dos segmentos de logística de transporte e de transporte de mercadorias no setor de exposição e logística de eventos.


1. Como foi assumir a presidência da IELA?
Estou muito feliz e grata pela confiança que meus colegas da IELA depositaram em mim. Trabalho intensamente para mostrar ao mundo que no Brasil temos sim profissionais tão bons quanto na Europa e EUA. Logo no primeiro ano em que a Fulstandig tornou-se membro da IELA, timidamente fui mostrando minhas ideias e tornei-me Vice- Chair. Depois assumi o grupo como Chairperson, eu concorri ao Board e quando me senti pronta me candidatei para a posição Chair. No dia 25 de junho, durante nosso Congresso Anual, eu fui reeleita como Chairwoman para mais um período à frente da IELA.

2. O que a IELA representa no setor e qual o papel da entidade?
IELA representa a elite da logística para eventos. Trabalhamos arduamente para criar benefícios para as empresas associadas e desenvolver programas educacionais que visam o aumento da capacidade profissional. Temos programas, como o Winter Seminar dedicado a quem está iniciando, o Operations Summit para profissionais da área de operações e os Webinars. Lançamos, recentemente, o ITM – IELA Training Manual com os Guidelines sobre toda a nossa atividade. Temos, ainda, os Standards of Perfomance que faz com que todos os agentes IELA ofereçam serviços de qualidade e de forma segura, além do IELA Health & Safety Guidelines com as melhores e mais seguras práticas de trabalho durante as operações e o IELA Security Guidelines, onde abrangemos medidas que podem tornar nossa atividade e trabalho mais seguro em termos de ameaças de terrorismo. Por fim, para saber se estamos seguindo os nossos padrões de qualidade realizamos nossa pesquisa anual de avaliação dos associados. Procuramos, também, atuar com outras associações relacionadas à indústria de eventos. Assinamos os MOU’s com várias (UFI, IAEE, Saceos, Cefa) e inclusive com a Ubrafe com o objetivo de trabalharmos juntas em prol da nossa indústria e também como nos preparar para os desafios que nosso segmento.

3. Quais as necessidades que você vê no setor atualmente?
Muitos de nós, transitários, montadores, outros prestadores de serviço e organizadores poderíamos trabalhar unidos, pois estamos no mesmo barco e enfrentando as mesmas tormentas. No juntar com objetivos em comum, como trabalhar pela atualização da legislação tributária e trabalhista no que se refere ao nosso setor, treinarmos a nova geração e reciclarmos os nossos profissionais. Sem falar que poderíamos criar iniciativas para vender melhor nosso País, nossos pavilhões e nossos prestadores de serviço.

4. Como a IELA avalia o Brasil?
Durante muito tempo o Brasil foi considerado um país difícil em termos de procedimentos aduaneiros. Hoje temos três empresas que são associadas (Fulstandig Shows e Eventos, Fink Mobility e Waiver), que atenderam aos exigentes critérios de avaliação para se tornar um membro IELA e são embaixadoras do Brasil na entidade. Com o tempo e pelo trabalho que as três empresas desempenham, a imagem do Brasil tem mudado bastante, mas ainda continua sendo visto como difícil, muito caro e agora, mais corrupto. Para IELA, o Brasil é um País com enorme potencial para feiras e outros eventos.

5. Quais as perspectivas para o setor nos próximos anos?
No cenário mundial o setor de feiras está passando por transformações. Temos a digitalização que está acontecendo muito rápido, vários pavilhões estão sendo ampliados e modernizados pela Europa e pela Ásia. E se olharmos os números do barômetro da UFI as perspectivas para o setor são positivas.


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