Terça, 25 de abril de 2023
Depois da divulgação do Barômetro Eventos B2B, com dados da retomada do mercado de eventos de negócios em São Paulo, Paulo Octavio Pereira de Almeida (P.O), diretor-executivo da UBRAFE (União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios) ressaltou a importância da união do setor e do investimento em um novo dimensionamento econômico nacional para a menção do tamanho e das oportunidades geradas pela indústria de eventos no Brasil.
O assunto foi tratado durante o primeiro painel do 18º ESFE - Encontro do Setor de Feiras e Eventos, com questões relevantes sobre o setor, que gera empregos e possui um grande volume de empresas em âmbito nacional.
“Existem 80 tipos de eventos catalogados no Brasil e precisamos de um estudo atualizado, especialmente pós-pandemia, por meio do qual poderemos entender as reais dimensões desse mercado no país, e qual é o impacto, de fato, dos eventos. A UBRAFE fez um levantamento muito positivo na região de São Paulo, mas, como uma árvore em meio a uma floresta, temos informações apenas de uma pequena parte. Para que possamos desenvolver e promover estratégias interessantes para o setor no Brasil, precisamos entender a floresta”, declarou.
Ao lado de P.O., participaram do painel Armando Arruda Pereira, consultor da UBRAFE e presidente do CONTURESP; Fátima Facuri, presidente da ABEOC Brasil – Associação Brasileira das Empresas de Eventos; Paulo Passos, presidente-executivo da ABRACE – Associação Brasileira de Cenografia e Estandes; Carlos Corrêa, presidente-executivo da APAS – Associação Paulista de Supermercados; Erisson Matos, CEO da Yes Móvel Show; e Osório Neto, CEO da Octarte. Entre os assuntos discutidos, foi tratada a importância da obtenção de apoio para o custeio de um novo dimensionamento econômico nacional do setor. O último – o II Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos foi feito pela ABEOC em parceria com o Sebrae, em 2013.
“Estamos buscando parcerias que possam contribuir com esse estudo junto à UBRAFE. A terminologia Eventos é muito ampla, esse terceiro dimensionamento é muito importante para desmistificar essa palavra, mostrando todas as possíveis oportunidades que o setor de eventos tem e, mais importante do que isso, definir qual é o tamanho real desse mercado”, afirma P.O.
O vereador Rodrigo Goulart (PSD), que preside a Comissão de Eventos na Câmara Municipal de São Paulo, participou do painel a convite da organização do ESFE e afirmou: “Dados são importantes em todos os segmentos, para nós, do poder público também, em especial para a tomada de decisões, das medidas e políticas públicas sobre o setor. Contem com nosso apoio, a possibilidade do poder público auxiliar de alguma forma, inclusive com parte desse financiamento, já falei com o Prefeito sobre isso”, afirmou Goulart.
Na oportunidade, Rodrigo Goulart comentou ainda sobre o compromisso de medidas que o município de São Paulo tem feito em prol do setor, comentou sobre nova portaria, a ser publicada em breve, para fazer valer o direito de protocolo aos pavilhões; sobre a mudança na renovatória das licenças dos pavilhões, atualmente de 1 ano, para 2 anos; sobre um decreto em cima da tipologia dos eventos junto à ABNT, protocolado na Câmara e outras medidas em benefício do mercado de eventos em São Paulo.
No último mês de março, a UBRAFE, em parceria com a SPTuis, divulgou o primeiro levantamento quantitativo regional sobre o setor de eventos, com foco na geração de negócios, pós-pandemia. Com dados gerais que apresentam um balanço positivo no segundo semestre de 2022 e boas expectativas para 2023, o estudo aponta que a retomada aconteceu nos meses de maio e junho de 2022, com um segundo semestre registrando cerca de 1,7 milhão de visitantes nos eventos de grande e médio porte, somente em São Paulo.
Foram um total de 650 eventos considerados de porte grande e mega, todos acima de 700 pessoas, contabilizando um total de 5,5 milhões de participantes, somente no segundo semestre de 2022. Destes, 70% dos participantes são residentes da grande São Paulo, enquanto 30% são de fora do estado.
Para 2023, a expectativa é de pelo menos 1500 eventos B2B de porte grande ou mega na cidade de São Paulo, ou seja, 10% a mais que o registrado no segundo semestre de 2022. Com toda essa movimentação, a entidade estima receber uma média de 4 milhões de turistas de negócios, somente nos eventos realizados nas principais venues da cidade. Considerando que cada turista deva passar em média três dias na capital e investir cerca de R$ 3,5 mil em transporte, alimentação e hotel, a cidade de São Paulo deverá ter um impacto de R$ 14 bilhões.
Foto: Divulgação